O que é?
O teratoma ovariano, também conhecido como teratoma de ovário, é um tipo de tumor de célula germinativa que se forma a partir de células capazes de se diferenciar em diversos tecidos do corpo. Isso significa que um teratoma pode conter uma variedade de estruturas, como cabelo, dentes, cartilagem, pele, gordura e até tecido nervoso, embora de forma desorganizada. A maioria dos casos de teratoma de ovário é benigna e é mais comum ser diagnosticado em mulheres em idade reprodutiva.
Quais os tipos?
Existem dois tipos principais de teratoma ovariano:
- Teratoma Maduro (Benigno): É o tipo mais comum e geralmente não canceroso. Também é conhecido como cisto dermoide. Cresce lentamente e pode ser encontrado em um ou em ambos os ovários. O teratoma ovariano benigno raramente se torna maligno.
- Teratoma Imaturo (Maligno): Este tipo é raro e é considerado um câncer de ovário. É mais comum em meninas e mulheres jovens. O teratoma ovariano maligno contém tecidos que ainda não se desenvolveram completamente e podem se espalhar para outras partes do corpo.
Quais as causas?
A origem do teratoma ovariano está nas células germinativas, que são as células reprodutivas que dão origem aos óvulos. Por razões ainda não totalmente compreendidas, essas células podem começar a se multiplicar e se diferenciar de forma anormal dentro do ovário, formando o tumor. É importante ressaltar que os teratomas são formações congênitas, ou seja, as células que os originam já estão presentes desde o nascimento. Eles não são causados por fatores externos como estilo de vida ou hábitos alimentares.
Quais os sintomas?
Na maioria das vezes, o teratoma ovariano não apresenta sintomas, sendo descoberto incidentalmente durante exames de rotina ou por outras razões. No entanto, quando os sintomas aparecem, eles podem incluir:
- Dor pélvica ou abdominal, que pode ser constante ou intermitente.
- Sensação de peso ou pressão na pelve.
- Inchaço abdominal.
- Dor durante a relação sexual.
- Ciclos menstruais irregulares ou sangramento anormal.
- Em casos raros e de maior porte, pode haver compressão de órgãos vizinhos, causando sintomas urinários ou intestinais.
Complicações como a torção do ovário (quando o teratoma faz o ovário girar sobre si mesmo, cortando o suprimento de sangue) podem causar dor intensa e súbita, náuseas e vômitos.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico do teratoma ovariano geralmente começa com uma consulta ginecológica e exame físico. Os exames de imagem são essenciais para confirmar a presença do tumor e avaliar suas características:
- Ultrassom pélvico (transvaginal ou abdominal): É o exame mais comum para identificar o teratoma ovariano e avaliar seu tamanho, forma e conteúdo (presença de cabelo, gordura, etc.).
- Ressonância Magnética (RM) ou Tomografia Computadorizada (TC): Podem ser solicitadas para obter imagens mais detalhadas do ovário e dos tecidos circundantes, ajudando a diferenciar o teratoma de outros tipos de massas ovarianas e a verificar a extensão do tumor, especialmente se houver suspeita de malignidade.
- Exames de sangue: Marcadores tumorais como o CA-125 podem ser verificados, mas é importante notar que eles não são específicos para teratomas e podem estar elevados em outras condições benignas ou malignas.
É grave?
A gravidade do teratoma ovariano depende do seu tipo. A maioria, como mencionado, são teratomas maduros e benignos, não representando uma ameaça grave à saúde. Eles são geralmente assintomáticos ou causam sintomas leves e são curáveis com a remoção cirúrgica.
No entanto, o teratoma ovariano maligno, que é raro, é uma forma de câncer e, portanto, grave. Requer tratamento imediato e agressivo. Além disso, mesmo um teratoma benigno pode causar complicações se crescer muito, como torção do ovário (emergência médica que causa dor intensa e necrose do tecido) ou ruptura, que também pode exigir intervenção cirúrgica de urgência.
Tem cura?
Sim, o teratoma ovariano tem cura. Para a grande maioria dos teratomas maduros (benignos), a remoção cirúrgica é curativa. Após a cirurgia, a paciente geralmente se recupera completamente e não há recorrência do tumor. Em casos de teratoma imaturo (maligno), o tratamento pode ser mais complexo, envolvendo cirurgia, quimioterapia e radioterapia, dependendo do estágio da doença, mas a cura também é possível.
Quais os tratamentos?
O principal tratamento para teratoma de ovário é a remoção cirúrgica. A abordagem cirúrgica dependerá do tamanho do teratoma, do tipo (benigno ou maligno), da idade da paciente e do desejo de preservar a fertilidade:
- Laparoscopia: É a técnica preferencial para teratomas benignos. Consiste em pequenas incisões no abdômen, por onde são inseridos instrumentos cirúrgicos e uma câmera para remover o cisto. É menos invasiva, com recuperação mais rápida.
- Laparotomia: É uma cirurgia aberta, realizada com uma incisão maior no abdômen. Pode ser necessária para teratomas muito grandes, com suspeita de malignidade, ou em casos de complicações como torção ou ruptura.
- Ovariectomia ou ooforectomia: Em alguns casos, pode ser necessária a remoção de todo o ovário (e não apenas do cisto), especialmente se o tumor for grande, comprometer o ovário ou houver preocupação com malignidade.
- Quimioterapia e Radioterapia: Para os teratomas imaturos (malignos), pode ser indicada quimioterapia e, em alguns casos, radioterapia, após a cirurgia para destruir células cancerosas remanescentes e prevenir a recorrência.
- Histerectomia: Remoção cirúrgica do útero. É considerada para casos de hiperplasia atípica grave ou quando há alto risco de câncer, especialmente em mulheres na pós-menopausa.
- Observação: Quando o tumor tem pequenas dimensões e não apresenta suspeita de atipias em exames de imagem, pode-se optar por acompanhamento.
Como prevenir?
Como os teratomas ovarianos têm origem em células germinativas desde o desenvolvimento fetal, não há medidas de prevenção conhecidas para evitar sua formação. No entanto, a detecção precoce é fundamental para um bom prognóstico. Realizar consultas ginecológicas regulares e exames de rotina, como o ultrassom pélvico, permite identificar a presença de um teratoma antes que ele cause sintomas ou complicações.
Perguntas relacionadas
O que acontece se não tratar o Teratoma Ovariano?
Se um teratoma ovariano não for tratado, ele pode continuar a crescer, aumentando o risco de complicações. As principais são a torção ovariana (emergência cirúrgica que causa dor intensa e necrose do ovário) e a ruptura do cisto, que pode levar a inflamação e infecção na cavidade abdominal. Embora raro para teratomas maduros, existe também um risco mínimo de transformação maligna.
Teratoma Ovariano pode causar infertilidade?
Na maioria dos casos, o teratoma ovariano, especialmente quando é pequeno e tratado conservadoramente (apenas o cisto é removido, preservando o ovário), não causa infertilidade. No entanto, teratomas muito grandes, que danificam o ovário, ou casos em que ambos os ovários são afetados ou removidos, podem impactar a fertilidade. O médico especialista em ginecologia sempre buscará a melhor abordagem para preservar a capacidade reprodutiva da paciente, quando possível.
Teratoma Ovariano é Câncer?
Não necessariamente. A grande maioria dos teratomas ovarianos são maduros e benignos, ou seja, não são câncer. São cistos que, embora possam crescer e causar sintomas, não se espalham para outras partes do corpo. Apenas uma pequena porcentagem (os teratomas imaturos) é maligna e considerada uma forma de câncer.
Qual o CID?
O CID-10 (Classificação Internacional de Doenças) para o teratoma ovariano varia conforme sua natureza:
- D27: Tumores benignos do ovário (inclui o teratoma maduro ou cisto dermoide).
- C56: Neoplasia maligna do ovário (inclui o teratoma imaturo, que é maligno).
Priorize sua saúde ginecológica e realize exames preventivos regularmente. A detecção precoce do teratoma ovariano é crucial para garantir um tratamento eficaz e a sua tranquilidade.
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